5/31/2007

Uma grande Greve Geral


Ao contrário dos habituais malabarismos do Governo, a Greve Geral deste dia 30 de Maio pode ser considerada como uma grande acção de luta dos trabalhadores portugueses contra a política neoliberal do Governo PS/Sócrates.


De facto, a Greve demonstrou a força e mobilização dos trabalhadores apesar de todas as ameaças do patronato e das medidas de carácter fascizante que o Governo procurou implementar numa espécie de caça ao grevista. Por outro lado, não nos devemos esquecer que o actual contexto de profunda vulnerabilidade dos contratos de trabalho e de crescente redução do poder de compra dos trabalhadores, constituem-se como factores dificultadores da luta e da organização e mobilização da Greve Geral.

Sublinhe-se ainda o sucesso da greve no sector público mas também no sector privado. Este é um ponto essencial e capital, na medida em que boa parte da comunicação social dominante, o Governo e os intelectualóides de serviço irão querer passar a imagem que a Greve Geral se terá resumido à função pública e aos transportes. Ora, isso não é verdade.

No sector privado, vejam-se os exemplos dos CTT em Lisboa (85% de adesão à greve), call centers da TMN e da Optimus (1º turno com 98%), Autoeuropa (60%), Portucel de Setúbal (90%), Euroresinas em Sines (100%), Tudor/VFX (90%), Lisnave e Gestnave (100%), Groz/Beckert, empresa metalúrgica de Gaia (62,5%), Danone (73,33%), EDP em Lisboa (75%) e em Setúbal (70%), Blaukpunt em Braga (80% no turno da noite, 70% no turno do dia), Thyssen em Setúbal (85,71%), Petrogal/Matosinhos (100%), Lear em Palmela (76,67%), Unicer em Matosinhos (83%), Fisipe no Barreiro (97,14%), Cimianto em Vila Franca de Xira (80%), Auto-Sueco na Maia (98%), Rohde em Aveiro (96%), Estaleiros de Viana do Castelo (100%), Rotor/Nissan nos Montes Burgos, Porto (100%), Continente de Gaia (50% no turno das 8 horas da manhã), Refrige em Palmela (85%), Socometal do grupo Soares da Costa no Porto (91%).

Mais dados podem ser recolhidos nos sites do PCP e da CGTP .

Importa transmitir estes e outros importantes dados a todos os amigos, conhecidos e colegas de trabalho para demonstrar o REAL impacto da Greve Geral.

Para dar a conhecer o enorme potencial que emana da luta organizada e solidária dos trabalhadores.

5/28/2007

O país visto pelo ministro socialista Mário Lino


L A M E N T Á V E L.

5/24/2007

a formiga e o elefante.

É assim como uma daquelas anedotas em que a formiga mata o elefante, ou um non-sense ao estilo da piada do meio buraco, mas com muito mais potencial:

"CML: Santana pensou avançar como independente nas intercalares"
fonte


agora vou ali rir-me um bocadinho, já volto.

É que incluir na mesma frase "CML","santana", "pensar"," avançar" e "independente" é brilhante. Desde que vi vomitarem martelos azuis que não me ria tanto. E o estúpido é que se o santana fosse candidato, muito provavelmente, ganharia.

OTA: E quando tudo parecia já dito...

Mário Lino considera que :
"Fazer um aeroporto na margem Sul seria um projecto megalómano e faraónico, porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas"

Ei, pssst, é só... só para dizer que... ainda estamos aqui. Já agora, se não há cá ninguém, importa-se de abolir as portagens a sul do tejo, e as taxas moderadoras e assim? É que ninguém lá passa, para si era o mesmo e a estes ninguéns que ainda aqui estão dava um jeito... nem imagina.

Almeida Santos afirma que:
"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país",

Ó sôtôr Almeida Santos, e asas? Hum? as asinhas dos aviões, são só para fazer anuncios idiotas de bancos? É !? Usem as asinhas ó. Se dinamitarem a ponte, os aviões que passem o rio a voar! É chato mas lá terá que ser.

5/17/2007

Profético


Em 1829, Simon Bolivar escrevia:
"Os Estados Unidos, parecem destinados pela providência a semear a miséria por toda a América em nome de uma certa iberdade."

5/15/2007

Lua Africana


Luanda fervilha com gente. Milhões respiram na cidade e no musseque, onde se acotovelam um sem número de barracas. Todos querem sugar esta cidade-promessa e ser gente, ser gente novamente.

Hoje nasceu a última flor à face da terra. Imaginemos o cenário dantesco. As poucas árvores que resistem sólidas no seu palanque estão castanhas escuras. O negro é a cor dominante. O perigo espreita a cada esquina porque os senhores da guerra ainda não terminaram a sua batalha. Esperam até cair inerte o último corpo e fazer render o último vintém. O mundo assiste à sua própria extinção e, à falta de um local mais acolhedor, populações inteiras de refugiados seguem viagem para a Lua, único local temporariamente seguro e habitável.

Aos sete anos de idade tinha um livro chamado 'Nós e o Universo'. Explicando fenómenos científicos de forma descomprometida e futurista, fez-me sempre acreditar que quando chegasse aos 20 e poucos iria passar umas férias à Lua, destino comum no que na altura parecia o longínquo ano de 2002.

A viagem acabou por acontecer, embora mais tarde e falsificada. Luanda foi o destino mais próximo que encontrei do que imaginei ser um cenário, uma superfície lunar.

Não será por acaso que o próprio nome da cidade seja esse, em sussuros íntimos de quem a conhece bem, Lua. Também não se deverá ao mero acaso o facto de o 'Miradouro da Lua' (um local elevado onde se pode observar a peculiar fundição colorida da rocha imensa na paisagem) se situar a poucos quilómetros da capital angolana. E não fico ainda alheia ao revelador destino que presenteou a primeira noite da minha estadia com um eclipse lunar.

Numa ficcionada organização cósmica, Luanda estará para Angola como a Lua está para a Terra, um seu satélite salvador, último reduto em caso de catástrofe.

Após décadas de conflito, cada vez mais gente migrou para a capital. Fugiram de tudo um pouco e essencialmente partiram para sobreviver.
Imenso país, de paisagens vastas e deslumbrantes, de mato, verde, de intensa fauna e flora (a fauna foi outrora bem mais variada, mas até os animais fugiram naturalmente da guerra), fértil, rico em recursos naturais, daquela terra vermelha brotam diamantes, ouro, petróleo. Mais ainda, dos cem minerais mais raros do planeta, 80 existem lá.

As qualidades não se ficam por aqui. Como quase todos os países africanos tem aquele encanto natural difícil de explicar que residirá, em parte, no facto de se sentir ser um lugar que ainda está 'em bruto', inexplorado, onde há tudo para começar.

Não é difícil especular sobre o sentimento dos primeiros portugueses ao aportarem a terra virgem. E mesmo dos seguintes que sempre encontram outro colorido, outra naturalidade no movimento dos corpos e no brilho - agora mais desconfiado - dos olhares.

Entre o verde da estação das chuvas e o árido do cacimbo, um vasto horizonte pontuado de imbondeiros estende-se a perder de vista. Em quilómetros de praias praticamente intocadas, emolduradas com palmeiras e outros verdes, divertem-se peixes que vimos saltar mesmo ali e correm, mais para trás do que para a frente, milhares de caranguejos da cor da areia.
Aldeias de pescadores estendem-se pela costa nas suas casinhas de palmeira, descansam na praia barcos coloridos que trazem o peixe para secar nas esteiras.

A paisagem bucólica contrasta com o caos da cidade a que os portugueses chegam (alguns regressam, outros nunca partiram) cada vez em maior número, como se a história se repetisse. Mas agora, americanos, libaneses, israelitas, chineses, brasileiros já se instalaram na Lua. Vieram dar novo fôlego à terra, a sua contribuição para o 'desenvolvimento do país'.
Uma peregrinação tão intensa que esgota os poucos e caros hotéis e as escassas casas para alugar.
Diz-se que muitos chineses vivem nos contentores que os levaram. Vê-se que os americanos vivem rodeados de arame farpado à volta das suas vivendas já à saída da cidade.

O povo fugiu há anos das imensas províncias para a capital, onde hoje reside mais de um terço da população angolana.
A Lua, habituada a sentir o ritmo da vida de meio milhão de pessoas, no máximo, palpita e respira agora o odor quente onde se movimentam cerca de cinco milhões de gente.

Esta gente descobre-se vivendo em condições cujo detalhe ficará para outra ocasião. Por todo o lado há carros, jipes, candongueiros azuis e brancos, a abarrotar de gente, a empurrar os outros carros no trânsito, a gritar o destino e as paragens à janela.

Por todo o lado há zungueiras que cantam os seus produtos, com alguidares na cabeça e filhos no regaço, envoltos em panos garridos.
No passeio há cestos cheios de chinelos para todos os gostos.
Na estrada, na esquina, vendedores: fruta, peixe, cabides, óculos, berbequins, malas, prateleiras, tecidos, cortinas para o banho, chocolates, CDs, sandálias douradas de salto alto.
Em toda a berma há gasosa, cerveja, Cuca.
Música. Por toda a rua há movimento, ritmo, kisomba. Em todo o ar se ouve o andar descalço de coxas bamboleantes. Em qualquer esquina, em qualquer sombra se vende e se compra, se ouve barulho.
Qualquer lugar tem riso, tem crianças, muitas, bandos de crianças alegres e curiosas. Ou frias.

Por todo o lado há gente que quer ser pessoa, superar a sua condição de miséria.

O pó das ruas esburacadas e o calor húmido tolhem o entendimento. Por todo o lado há lixo. Cada musseque, amontoado de corpos que se equilibra sem água, sem luz, sem espaço, é rodeado de lixo por todos os lados.
Ravina acima, mulheres levam água para casa em recipientes amarelos, à cabeça, passando pelo entulho.
Ravina abaixo, cada vez que chove há casas que caem, desmoronam-se, há gente que fica sem pouco, sem nada.

Mirando de longe a cidade surge o que parece ser uma bela mulher, que resplandece nas águas calmas da baía. Uma vez lá dentro revela-se uma matrona, desfigurada pelos anos e pelo descuido, embora consiga preservar uma beleza peculiar, difícil de entender.

É assim que se vive na Lua, evitando o perigo, o buraco, o mosquito.

O que aconteceria se a terra assistisse um dia ao seu derradeiro suspiro e a humanidade que resta se visse obrigada a fugir do que destruiu?, questionei.
Aconteceria que gente partia para onde achasse que poderia viver, talvez para a Lua. Aconteceria que tal como em Luanda se encontrava tanta gente, sedenta de ser gente novamente.

Clara Martins, Terça, 3 de Abril às 16:20

5/11/2007

Bom fim-de-semana

... Gorduras
No Japão, consomem-se poucas gorduras e o índice de de ataques cardíacos é menor que em Inglaterra e nos E.U.A, em contrapartida, em França consumem-se muitas gorduras e apesar disto o índice de ataques cardíacos é menor que em Inglaterra e nos E.U.A


... O Alcool
Na India, bebem-se poucas bebidas alcoolicas e o índice de ataques cardíacos é menor que em Inglaterra e nos E.U.A, em contrapartida, em Espanha bebe-se bastante alcool e o índice de ataques cardíacos é menor que na Inglaterra e nos E.U.A



... O Sexo
Na Argelia, practica-se pouco sexo e o índice de ataques cardíacos é menor que em Inglaterra e nos E.U.A, como contrapartida, no Brasil practica-se muuuuuuito sexo e o índice de ataques cardíacos é menor que em Inglaterra e nos E.U.A.



C O N C L U S Ã O :

Come, bebe e fode à tua vontade, porque o que provoca ataques cardíacos é falar inglês!


(este blogue participa na luta contra a formatação universal anglosaxónica)

GREVE dia 30 de Maio - memórias de outras greves


1943, O ANO DAS GREVES


6 de Janeiro - Salazar recebe, em reuniões sucessivas, diversas autoridades militares, com o objectivo de estudar um plano geral a aplicar na eventualidade da entrada de Portugal no conflito mundial.

14 de Fevereiro - O Comité Central do PCP, faz circular um Manifesto à Nação, no qual propõe um programa imediato de acção para servir de base a todas as forças da oposição ao regime, sendo a sua primeira finalidade derrubar o Governo de Salazar e instaurar um Governo Democrático.

2 de Março - Oliveira Salazar reúne-se com os deputados da União Nacional em sessão secreta e declara que os pilares da política externa portuguesa são a Inglaterra, a Espanha de Fanco.

29 de Maio - Como represália pela tentativa de fuga de alguns presos, o director da Colónia Penal do Tarrafal ordena a apreensão da biblioteca dos presos políticos.

23 de Junho - Greves de trabalhadores rurais, em particular no Ribatejo, contra as disposições de um diploma publicado em 15 de Junho, regulando as condições de trabalho e sua remuneração, e de protesto contra a falta de géneros essenciais e o aumento dos preços.

21 de Julho - Face à gravidade da situação, no que se refere aos abastecimentos, o PCP divulga um manifesto apelando à greve.

26 de Julho - Início de um movimento grevista em Lisboa, Almada, Barreiro, Seixal, Amora e outros pontos do país, que conta com a organização do PCP e envolve vários milhares de trabalhadores. O Governo organiza uma mobilização industrial e ameaça despedir os grevistas que não retomem o trabalho. Na sequência de confrontos com as forças policiais, são efectuadas diversas prisões e algumas fábricas são encerradas. Na Margem Sul do Tejo, numa casa clandestina estrategicamente localizada em Coina, o jovem “Duarte”(Álvaro Cunhal) organiza o movimento do trabalhadores.

4 de Agosto - Ao fim de uma semana de conflito, o PCP sugere que os trabalhadores em greve retomem o trabalho, procurando alcançar o máximo de reivindicações.

5 de Agosto - Os trabalhadores da indústria de calçado, em São João da Madeira, iniciam uma greve que não obterá completo sucesso devido à não adesão dos chapeleiros. Em Lisboa, outra greve, dos trabalhadores gráficos, ocorre com atraso e será mal sucedida, não obtendo o apoio dos tipógrafos dos jornais.

29 de Novembro - Realização do III Congresso do PCP, o primeiro ilegal, a partir do qual é iniciada a crítica da chamada "política de transição". Álvaro Cunhal, José Gregório e Manuel Guedes formam o Secretariado do Comité Central. O Congresso aprova uma proposta para criação de uma frente comum contra o regime, agrupando todas as forças democráticas.

Dezembro - Fundação do Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista (MUNAF), organização clandestina que representa o primeiro grande movimento unitário antifascista dos anos 40 e que congrega personalidades de diferentes filiações partidárias (socialistas, republicanos, comunistas, católicos, liberais, monárquicos e seareiros) e alguns independentes. O general Norton de Matos preside ao Conselho Nacional e fica a fazer parte da Comissão Política, juntamente com Barbosa de Magalhães e Bento de Jesus Caraça. Estabelece-se também uma Comissão Executiva que conta, entre os seus membros, com Fernando Piteira Santos, José Magalhães Godinho, Jacinto Simões, Alberto Rocha, Manuel Duarte e Moreira de Campos.

Os anos de “descanso” do estado novo tinham acabado.


GREVE dia 30 de Maio

Greve é a cessação coletiva e voluntária do trabalho, decidida por sindicatos de trabalhadores assalariados de modo a obter direitos, como aumentos de saláriais, melhoria de condições de trabalho, ou para evitar a perda desses mesmos direitos ou condiçoes. Por extensão, pode referir-se à cessação coletiva e voluntária de quaisquer atividades, remuneradas ou não, para protestar contra algo.

O governo do Engenheiro Sócrates, durante a Presidência Portuguesa da União Europeia, quer fazer avançar a liberalização dos despedimentos individuais sem justa causa e a possibilidade da decisão arbitrária pelo patronato sobre os horários de trabalho, remunerações, funções, carreiras e condições de trabalho, visando instalar a “lei da selva” nas empresas com a possibilidade de alterar a organização do trabalho a seu belo prazer e dispor, no fundo, da autonomia e da vida dos trabalhadores.

Aderir à Greve Geral deste dia 30 de Maio, não é um só um direito que assiste a todos os trabalhadores; é também um dever dos cidadãos de hoje em relação às gerações futuras.

5/10/2007

LEGO - Porque nem todos podem ser engenheiros

5/08/2007

Sobre a hipocrisia

Sobre o puritanismo comportamental, Chico Buarque dix it:
«O que me desagrada, principalmente, é o puritanismo, a hipo­crisia. Evidentemente, eu não sou a favor do cigarro, não sou a favor do álcool. Gosto de tomar vinho e fumo mas não vou dizer que o cigarro faz bem. Agora, essa vigilância constante sobre as pessoas me desagrada. No outro dia, entrei numa livraria, havia uma grande foto — enorme — de Vinicius de Moraes e a mão dele estava numa posição muito estranha. Eu pensei: muito es­tranha, essa mão do Vinicius. Depois, fui perceber que havia um copo na mão dele que foi retirado por photoshop ou como se cha­ma esse negócio. Retiraram o copo da mão de Vinicius de Mo­raes. Amputaram o copo das mãos dele. Isso é a cara desse tipo de comportamento vigente.»

5/04/2007

Eu cá haxe bem!!!

Portugal é o país da União Europeia com cannabis mais barata, média de 2,3 euros por grama, longe dos 12 euros na Noruega, ou dos 5 a 10 mencionados na maioria dos Estados-membros, segundo a agência europeia das drogas.

O último relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependê ncia (OEDT) revela que, em regra, a maioria dos países comunicou preços para a resina de cannabis entre cinco e 10 euros/grama, contra os 2,3 euros revelados por Portugal e os 12 pela Noruega.

O «Relatório Anual sobre a Evolução do Fenómeno da Droga na Europa», que contém dados de 25 Estados-membros, da Noruega, Bulgária, Roménia e Turquia, inclui pela primeira vez uma análise das tendências entre 1999 e 2004 dos preços de venda de drogas nas ruas europeias.

O documento da agência europeia de informação sobre a droga e a toxicodependê ncia, sedeada em Lisboa, indica que «o preço de venda de drogas ilícitas nas ruas da Europa baixou nos últimos cinco anos e é provável que as drogas estejam agora mais baratas do que nunca, em toda a Europa».

Este estudo é o primeiro do género realizado a nível europeu.

5/03/2007

e se....?