Alfredo, ata-me e fode-me, pediu ela. Ele atou-a e disse-lhe: tás fodida...

Nas alegações finais do julgamento, que se prolongou por cinco sessões no tribunal de Mirandela, o Ministério Público pediu uma pena de seis anos de prisão para o arguido Alfredo Santos.
O advogado de defesa, Francisco Espinhaço, admitiu não poder considerar o cliente inocente nem pedir a sua absolvição, mas considerou que o arguido já foi condenado pela opinião pública.
Em Junho de 2005 a mulher, Carmelina Santos, denunciou o marido às autoridades, depois de ter conseguido soltar-se do tanque de lavar roupa, com 300 quilos, onde o arguido a prendeu com um corrente de 13 quilos, que utilizava para rebocar máquinas agrícolas.
Segundo a acusação, a vítima ficou naquela situação desde a tarde de 17 de Junho até ao meio-dia do dia seguinte, sem comida nem água e nua.
No julgamento foi ainda revelado que o réu maltratava também o filho, que saiu de casa depois de ser alvejado a tiro pelo pai.
Embora tenha confessado que acorrentou a mulher ao tanque de lavar roupa, o arguido não admitiu durante o julgamento a acusação de maus-tratos, alegando que o fazia para a proteger do alcoolismo.
Atribuiu os hematomas que a mulher apresentava aos animais que tinham e disse não compreender o problema de desidratação que obrigou ao seu internamento durante uma semana, alegando que lhe deixou junto ao tanque um balde com 20 litros de água.
A vítima pede no processo uma indemnização de 20 mil euros por danos morais.
Vá-se lá perceber as mulheres.