4/29/2005

Português detido no Dubai por consumo de droga

(notícia retirada do site da TSF)
Português detido no Dubai pode apanhar 5 anos de prisão
Bastava um telefonema de Lisboa para o Dubai.
É o pedido desesperado de um jovem português detido no Dubai há três semanas. Ivo Ferreira foi acusado de consumir haxixe e pode ser condenado a cinco anos de prisão num julgamento para o qual vai entrar dentro de uma gaiola, atado de pés e mãos.
( 19:01 / 28 de Abril 05 )
O português queixa-se de maus-tratos, mas, acima de tudo, da total falta de apoio do Estado português. Um cidadão britânico que foi detido ao mesmo tempo que Ivo Ferreira, também acusado de consumo de haxixe, foi libertado poucas horas depois devido à intervenção das autoridades britânicas.Mesmo que Portugal não tenha representação diplomática no Dubai, Ivo Ferreira, cineasta de profissão, com quem a TSF falou esta tarde, diz que bastava muito pouco: um simples telefonema seria suficientemente para poder regressar a Portugal.«A única palavra que estou autorizado a dizer em tribunal, segundo disseram, é 'guilty' (culpado, em inglês). E entretanto, estou numa cela de quatro por quatro, com 18 homens, e continuo à espera que o governo português faça qualquer coisa, até porque não tenho cadastro e nunca fui dependente de nenhuma droga», sublinha o detido.Ivo Ferreira diz que está sem qualquer informação, apenas sabe do que é acusado: «Não sei de nada porque ninguém me disse nada. A única coisa que sei é que sou acusado de ter consumido haxixe, ou seja, não tinha nada comigo, nem sou acusado de posse. Nestes casos são as embaixadas que tratam de tirar as pessoas destas situações.»O principal receio de Ivo Ferreira é ser mudado para outra prisão, após o julgamento. «Se eu saio daqui ninguém vai poder entrar em contacto comigo nem eu posso contactar ninguém a não ser com um advogado. Soube através do advogado de um outro detido que, no tribunal, além de entrar dentro de uma gaiola de pés e mãos amarradas só posso dizer 'guilty' ou 'not guilty'».Embaixada recusa ajudaA família de Ivo Ferreira queixa-se de não ter conseguido qualquer ajuda do Governo português. Depois de contactar a embaixada portuguesa em Riad, a mãe do detido recebeu uma carta.«A embaixada com os meios de que dispõe não está apta para prestar apoio local. A embaixada está desfalcada do pessoal mínimo necessário para esse efeito já que o vice-cônsul foi aposentado e o responsável pelos assuntos consulares foi transferido», lê-se na carta.No final desta carta, o embaixador pede a mãe de Ivo Ferreira para alertar as autoridades portuguesas, a fim de acelerar o processo de ajuda. No dia 16 de Abril Ivo Ferreira recebe a visita do embaixador de Portugal na Arábia Saudita, com uma promessa de ajuda. Ontem o detido recebeu um cartão telefónico entregue por um representante da embaixada de Espanha, que está a colaborar com o Governo português. Mas nada mais foi feito até ao momento.
***
O que é que o estado português deve fazer neste caso? Deve intervir? Mas, se intervir está a ingerir num assunto legal de outro país. A história toda é ridícula. Ridículo porque parece que tudo partiu de uma denúncia de uma ex-namorada de uma amigo deste gajo. Ridículo porque um gajo que se calhar foi o único xarro que fumou lá pode apanhar 5 anos de choldra. O estado português diz que não pode fazer muito porque está desfalcado de pessoal?!!! Tudo isto ainda me afecta mais quando passei 3 dias numa cidade como Amsterdão, em que cidadãos fumam o seu xarrito calmamente sem drama nenhum no meio da rua. Dá para ver onde está a civilização e onde está a barbárie. Percebo que se prendam pessoas que ganhem dinheiro com o tráfico de droga, mas não percebo que um gajo apanhe 5 anos de prisão porque fuma um charro. Por outro lado, também me faz confusão a ingenuidade das pessoas que insistem em fazer estas merditas em países onde sabem que a lei castiga barbaramente estas situações. Por outro lado, o bacano estava calmamente em casa a fumar o seu xarrito...

4/28/2005

E começou a contagem decrescente para o grande evento!


1ª MeGa CaRaCoLaDa AlTo SeIxO
Programa das Actividades
18h28 - Partida da Mega Caravana, do Altoseixalinho
18h43 - Passagem por Sto André
18h52 - Passagem no Largo de Sto António, com homenagem ao Leão
19h01 - Chegada explendorosa com foguetório e marchas populares à Vila Chã
19h06 - Início das actividades gastronómicas com ordem à mesa e provas líquidas
19h12 - Continuação das provas líquidas e abordagem às formas sólidas
19h24 - continuação de ambas
19h58 - idem
20h e tal - continuação do ponto anterior
21 e qualquer-coisa - outros assuntos, sem interrupção dos anteriores
22 e tantas - já sem ordem na mesa, continuação dos trabalhos
23 e muito pausa para café
quase à meia noite - retomar dos trabalhos
pra lá das tantas - continuação do ponto anterior
já mesmo muito tarde - prolongamento dos trabalhos devido a atrasos imprevistos
já cedinho - encerramento dos trabalhos, com leitura e votação de acta, louvor da organização e definição da agenda da 2ª MeGaCaRaCoLaDa







4/21/2005

Nota da Administração

Caros bloguistas...

É bem verdade que já passou bastante tempo desde que vos dirijo um post.
Assim, aproveitamos para em nome da Comissão Organizativa da I MeGaCaRaCoLaDa do Alto Seixo (C.O.I.M.A.S.) Desejar os maiores sucessos ao evento, lembrando aos participantes que confirmem junto da mesma a sua inscrição não obstante a votação na Poll que está no topo do Blog.

Ainda a este respeito, queriamos lembrar os bloguistas que não é por votarem mais vezes na poll que comem mais caracois. A democracia tem limites, e os caracois idem.

O segundo assunto que aqui nos chama é sem dúvida mais triste e tortuoso.... A Santa continua desaparecida em parte incerta e embora as autoridades tenham sido notificadas e tenham feito um trabalho de investigação exaustivo não a conseguiram localizar.

Uma pequena nota para o post do Atalaia em que se dão as indicações necessárias para colocar imagens nos posts.

Anunciamos ainda que procura-se ajudante de cozinha (m/f) especializado em caracois, pois a C.O.I.M.A.S. tem falta de expertise nesta arte culinária no que se refere aos bichos em causa. Resposta ao anuncio devem ser dirigidas directamente à C.O.I.M.A.S., dão-se boas condições de trabalho, condições de socialização, mas o cargo é a termo certo e não remunerado.

Por fim desejamos a todos os bloguistas, sobretudo aos exilados e/ou em vias de o serem, ainda que a título turistico, um excelente 25 de Abril.

Abaixo o capitalismo
Vivam as forças revolucionárias
Por uma sociedade mais justa e equalitária,
25 DE Abril Sempre!

4/20/2005




achei que ficava aqui bem...

Recordar Abril (IV)



Cartazes de Abril

4/18/2005

Divulgação de informadores da Pide

Esta notícia já saiu no Público na semana passada mas só hoje tomei consciência do tema através da TSF. É um assunto que me faz pensar muito. Como dizia José Gil ao microfone da rádio: "Seria importante deixar de enviar a porcaria para debaixo do tapete". Eu sou da opinião que esta listagem de 3000 e tal nomes até deveria estar na Internet. Não conto andar a bater à porta de nunhum Pide ou informador da Pide a chamar-lhe nomes, mas gostava que eles não andassem a rir por aí impunemente.
***
Documento foi guardado durante 30 anos por uma das lojas do GOL
Maçonaria vai entregar lista de informadores da PIDE à Torre do Tombo 12.04.2005 - 22h50 Lusa

O Grande Oriente Lusitano (GOL) vai entregar à Torre do Tombo a lista de 3600 agentes e informadores da PIDE guardada há 30 anos por uma das suas lojas, anunciou hoje o grão-mestre da Maçonaria Portuguesa.

Em declarações à Lusa, António Arnaut revelou que a lista será confiada, ainda este mês, ao Instituto dos Arquivos Nacionais - Torre do Tombo (IANTT). A questão foi abordada hoje num encontro entre Arnault e o historiador Pedro Dias, director da Torre do Tombo, dando início ao processo de entrega, 24 horas depois de o dossier, que terá pertencido à Legião Portuguesa, ter sido depositado pela maçonaria no cofre de um banco. A lista, entregue sábado passado ao grão-mestre, durante um banquete num hotel de Lisboa, foi encontrada, logo após o 25 de Abril de 1974, por um membro da Loja da Liberdade no Palácio Maçónico. Este edifício, situado no Bairro Alto, em Lisboa, foi confiscado pelo regime de Salazar, tendo sido ocupado pela Legião Portuguesa entre 1935 e 1974, ano em que foi devolvido à Maçonaria. "Aquele maçon manteve o documento sob sigilo e só agora o entregou ao grão-mestre", reafirmou Arnaut, garantindo que a sua entrega durante uma cerimónia pública visou "evitar especulações", uma vez que participaram no banquete dezenas de pessoas sem ligações à Maçonaria. No final do encontro, Pedro Dias explicou que por se tratar de um documento contendo dados pessoais e "informação classificada", o público não terá acesso à lista durante 50 anos, a contar de 24 de Abril de 1974. "Este livro é mais um documento, cuja origem desconheço, a juntar à documentação sobre o Estado Novo e a polícia política, cuja divulgação está tipificada na lei, sublinhou o historiador.A Policia Internacional em Defesa do Estado (PIDE) foi criada em 1945. Depois de Marcelo Caetano suceder a Salazar, em 1969, passou a chamar-se Direcção Geral de Segurança (DGS) e foi extinta na sequência da revolução de 25 de Abril.

in Público











4/15/2005

Recordar Abril (III)

18 de Abril - aniversário do nascimento de Bento de Jesus Caraça



4/14/2005

Recordar Abril (II)

Mais uma página, que a propósito do 50º aniversário do Movimento de Unidade Democrática colige a cronologia do Movimento, que coincide em muito com as lutas antifascistas entre 1944 e 1949.

4/12/2005

Um site a lembrar

A alguns dias do 25 de Abriul descobri um site que recupera e divulga uma parcela por vezes esquecida da história portuguesa. Habituado a ver estes documentos em exposições e apenas de fugida, está recuperada e partilhada a galeria virtual da censura
Para que não se esqueça. Para que não haja desculpas nem omissões.

4/11/2005

Um saudoso espaço diferente...

Não remonta à nossa juventude, nem ficava no alto seixalinho. Por ventura nem todos tiveram oportunidade de passar por lá. Mas tenho que referir aqui um espaço que tentou recriar em jeito pós-revolucionario o espirito dos cafés de colectividade do Barreiro.
Era restaurante, café, bar e livraria. Num espaço simples, de mesas corridas a apelar ao convivio e à troca de ideias. Os livros e os jogos eram o inicio de uma diferença, as pessoas, o ambiente e os projectos faziam o resto.

O Rescabali hoje não existe. Ficava em Sto André, onde é agora a "telha do pão". E, apesar da sua demasiado breve existência, apenas alguns meses, há sete anos atrás, marcou a minha memória acerca do que foi e do que poderia ser a noite do Barreiro.

O Rescabali faz parte dos meus-nossos sonhos e memórias.
Especialmente no dia de hoje.