11/29/2005

No tocante



Semente (T Montes)
Carvalhesa

A bem da democraticidade

deste blog, fica a melhor foto do cavaco que consegui encontrar.

algo completamente diferente....



ou... tudo o que o relatório médico omitiu?
ou... porque sabe representar os protugueses?

Isto sim, vê-se logo que é um cadidato sério!!!

Sem comentários

11/25/2005

Enigma das sextas feiras


Em nome de que empresa está registado este pesado de mercadorias de caixa aberta.

Quem é o ser que conduz?

Será que o Zezeca Marinha vendeu o BMW?

A quem pertenciam as peças de roupa expostas???

Será coisa do norte ou do sul do país?

Acham que o motorista guarda uma recordação de todas as que vão ao castigo?

ou (outra hipotese)

Será que afinal , trata-se de uma motorista que decidiu secar a roupa intima?

Espero os vosso comentários
Bem hajam

Personalidade da semana


Chama-se Tuan e custa-lhe levar injecções.
È católico nas filipinas e por Cristo faz tudo.
Numa missa em Manila conheceu a Manuela Ferreira Leite que foi de férias clandestina passar uns diazitos no sudoeste asiático
Foi a Manela que lhe mostrou os encantos do sadomasoquismo. Quando a Manuela se veio, embora, ofereceu-lhe o berbequim.
O Tuan adorou a prenda.
Está a pensar imigrar para Lisboa e enquanto espera no corredor da embaixada de Portugal em Manila pelo visto, vai-se entretendo a espetar alfinetes debaixo das unhas.
È totalmente vegetariano e vai-se confessar duas vezes por semana.
Dá-se tão bem com os padres e com a hierarquia da igreja que a opus dei já lhe prometeu um tacho no BCP. A única coisa que o preocupa é vir a ter de usar gravata.
Pobre homem... o que ele ainda vai ter de sofrer.

11/24/2005

O pior da semana

Andava à procura de maneiras de por isto a tocar, quando vi a imagem mais chocante da semana. Entre a criatividade e o mau gosto, acho que o ultimo prevalece.

Ainda assim, não consigo deixar de partilha-la convosco... Muito duro.

Musica de natal

+1 Comboio
(letra de Jorge Palma / música de Flak)

Vejo tanto olhar encafuado
Em automóveis bestiais
Casos graves de bem estar,
Por mais que tenham, nunca têm a mais.

Aleijados do conforto
Refugiados na T.V.
O pior não é estar triste,
O pior é não saber porquê.

Há o entretenimento
Há o remoto control
Há-de haver mais um comboio
Para o centro comercial

Nesta altura ninguém faz greve,
Embora muitos tentem adormecer
Alguns vão derretendo a neve
Nas colheres a ferver

Nas entradas do metro, o frio
É combatido com papel de jornal
Útil informação para os que estão na frente,
Cegos pelas luzes do Natal


A Pu74 da musica tá aqui. Alguém a põe a tocar?
Nem janto nem acabo esta treta!!!

http://www.filelodge.com/files/hdd3/43168/05-+%201%20comboio-Jorge%20Palma%20e%20Flak-Espanta%20espíritos.mp3

a maior arvore de natal da europa


Todos os dias passo debaixo da maior arvore de natal da Europa.
È grande e eu acho que é directamente proporcional à estupidez colectiva.
Imenso monumento à imbecilidade dos portugueses. Somos um povo de gente pobre e endividada que gosta de ver as luzinhas a brilhar e ficar à espera que um deus ou um presidente venha resolver os problemas da malta. Em geral gostamos do natal. Por isso a arvore está lá, bem a propósito na Praça do Comercio.
Templo cónico erigido à idiotice, todos os dias esbarro nos paspalhos que ficam de focinho para o ar a admirar a coisa.
Não vou sequer falar nos custos do mamarracho temporário. Não vou falar do numero de crianças subalimentadas no concelho de Lisboa às quais a câmara podia oferecer o pequeno almoço na escola durante o próximo ano lectivo com o eurozitos que gastou na arvore de ferro.
O meu otorrino de hoje é para falar da farsa que é o natal.
Cada ano que passa gosto menos do natal.
E cada vez gosto menos do natal em tudo aquilo que o natal representa.

Dizem-me que o natal é um pretexto para estarmos juntos daqueles que gostamos.
Amo a minha família. Gosto dos meus amigos. Não preciso de uma festa religiosa para dizer-lhes isto. Não preciso de pretexto simbólicos para ficar em família à volta de uma mesa. Não preciso de uma festa religiosa para jantar com amigos.
Há quem associe o natal é generosidade e partilha. A troca de prendas e tal e coiso. Para mim é consumismo e hipocrisia. Há um marketing violentíssimo à volta da coisa de modo a que todos compremos muito. Compremos tudo. Compremos o que não precisamos. È a orgia completa do consumo desenfreado.
As pessoas menos intoxicadas encolhem os ombros quando critico o natal e dizem que o natal é sobre tudo para as crianças. Isso a mim ainda me deixa mais preocupado. Que mundo é este que estamos a construir em que habituamos as nossas crianças a receber brinquedos ás carradas num dia especifico do ano??? Os putos ficam embriagados de propriedade. È meu aprendem a dizer na noite de natal.
Difunde-se a ideia que o natal é amor. Eu gosto de pessoas e sinto legitimo e verdadeiro amor pela humanidade como um todo. Não preciso que haja uma data para me lembrar disso.A mensagem religiosa transmitida no natal e na celebração do natal, é a mensagem do nascimento de um novo mundo e de uma nova humanidade. Esta talvez seja a mensagem natalícia que mais me toca. Gosto da ideia de um novo mundo mais justo e solidário e de uma nova humanidade mais fraterna. De qualquer modo, eu por mim estou convicto que o novo mundo e a nova humanidade que aí vêem são coisas que não nascem por si... é preciso lutar por elas todos os dias. Seja natal ou não

11/23/2005

Vi hoje o Gil na estação dos Barcos



Hoje de manhã fui deixar o carro à estação velha.
Depois, para cortar caminho, atravessei as linhas de comboio evitando sujar os meus sapatos engraxados nos velhos carris cruzados. Queria chegar ao barco depressa porque estava atrasado.
O vento empurrava-me o focinho para o chão. Entre as carruagens paradas reconheci um vulto. Voltei a cabeça e o vulto já não estava.
O Gil meteu-se para dentro de um vagão de mercadorias.
Viveu por ali ainda uns meses. Durante o dia cravava trocos na estação à malta que passava para Lisboa. Assim que juntava o dinheiro suficiente para a viagem e para a dose seguia directamente para o Casal Ventoso. Isto no tempo em que o Casal Ventoso era simplesmente o Casal. Hipermercado de heroína abastecedor de toda a grande Lisboa. Antes das associações de moradores da Quinta da Cabrinha e dos processos de reinserção social e requalificação urbana. Antes da Metadona.
Quando eu encontrava o Gil dava-lhe cigarros ou pagava-lhe uma sandes. Às vezes fingia que não o via. Outras vezes procurava-o para lhe dar uma maçã ou uma pêra. Depois o Gil desapareceu da estação dos barcos e deixei de o ver. Disseram-me que estava a viver no Casal.
Conheci o Gil na escola secundária. Era bem falante e tinha os olhos claros. Veio de outra escola e depressa se integrou entre o pessoal. Até nem era mau aluno. Fumava charros e bebia vinho, gostava dos sex pistols e tinha jeito para o desenho. Tinha sentido de humor e eu dava-me bem com ele. Chegamos a viajar juntos para acampamentos e fins de semana.
Quando o Gil ficou agarrado roubou toda a gente à volta. A família meteu-o fora de casa. A cena do costume. O Gil traficou uns bocadinhos mas depressa se dedicou a pedir esmola e a viver na rua. Ainda não tinham inventado a profissão de arrumador. Foi nessa altura que o Gil foi viver para os comboios. Como sempre foi educado e bem falante, os trabalhadores das oficinas da CP toleravam-no e no Inverno deixavam-no dormir nas carruagens.
Eu cá nunca fui de moralismos mas também não tenho feitio para sustentar os vícios dos outros, já bastam os meus -- por isso passei a evitar encontrar o Gil. Via-o pouco nessa altura mas percebi que não havia grande volta a dar....
Uns meses depois do Gil ter desaparecido do subúrbio soube pelo irmão que o Gil tinha morrido no casal ventoso. Tinham-no encontrado morto numa valeta da avenida de Ceuta. Morreu de hipotermia. A sida trouxe-lhe tuberculose. Tinha 25 anos.
A noticia caíu-me no estomago como um bagaço em gejum. Não era nada que não se adivinhasse...
Passou uma dúzia de anos desde que a família o enterrou num caixão barato no cemitério da vila chã. Eu vi e ouvi a terra a bater na madeira.
Contra tudo aquilo que está previsto na fisica e apesar do peso da terra que lhe pusemos em cima, o Gil continua entre os comboios e os passageiros que chegam e partem. Hoje o Gil estava tão mocado com cavalo que nem me reconheceu no meu fato e gravata. Ainda fui atrás dele mas perdi-lhe o rasto entre as carruagens paradas. Desisti da ideia de revê-lo e vim trabalhar. De qualquer forma, quando quiser encontrar o Gil, basta-me ir até à antiga estação dos barcos. O seu espírito vai por lá deambular nos próximos mil anos.

11/18/2005

O mundo em fotos

Fotografias num mundo zoom,point&click.
Um site muito porreiro, para aquelas viagens-sem-sair-do-sofá, e não só!
E um desafio... vamos por o alto do seixalinho no mapa!?

http://www.woophy.com/map/

Moda quotidiana

Na sequência do pedido do Sostrova, era para por aqui umas senhoras em roupas interiores, mas por respeito aos espíritos mais sensíveis, optei por uma site mais pedagógico. Para elas olhar a moda do quotidiano, porque nem só de barbies vive o trajar. Para eles, é para ver como os espanhois...

Enigma das sextas-feiras

Ponham a vossa mona a trabalhar e amandem palpites:

Quem é esta peça?
O que é que faz este ser à segunda de manhã?
Porque se veste assim?

Em que país foi tirada a foto?

Qual é a nacionalidade do bicho?

Fica aberto o fórum de discussão.


(Gosto particularmente do detalhe das meiinhas e do sapatinho de fivela. Lindo)



bem hajam

11/17/2005

As maravilhas da maternidade

A maternidade para mim é um mundo completamente novo e desconhecido, mas é sempre bom alguém passar por isso primeiro que nós, para depois nos ensinar tudo (se aí chegarmos, claro).

Para a Blimunda

11/16/2005

bem vindo/as

Novas aquisições...

Naturalizou-se no altoseixo o "sostrova", também conhecido por "soucontra".
Artista da blogosfera, junta-se agora a nós. Aguardamos ainda uma onda de imigração assinalável de ilustres conterraneos.

Nota privada: Está em curso a "operação tomalálenha'05-reloaded" os interessados p.f. verifiquem mails e confirmem. Sem confirmação até amanhã, 5ª feira, não participam, o último a confirmar lava a loiça.

O sorriso dos portugueses


Segundo a Organização Mundial de Saúde , a saúda oral de uma população reflecte o grau de desenvolvimento dessa sociedade. Isto por duas razões, primeiro porque as cáries são proporcionais à pobreza e subnutrição, a segunda ordem de razões tem haver com o custo dos tratamentos médicos na boca que envolvem custos em geral elevados. Sem querer criar regras podemos dizer que as sociedades mais avançadas tem bocas bem tratadas, as sociedades menos avançadas tem bocas mais estragadas.
Na Suécia, por exemplo, o dentista é gratuito para todos. Em Cuba seguem o mesmo principio mas têm muito menos dinheiro.
Os cubanos têm geneticamente tendência para terem dentes podres. A cultura da cana de açúcar do consumo de açúcar criou gerações de cáries no povo da ilha . Depois da revolução e tendo em conta que a saúde para todos, sempre foi uma bandeira dos barbudos, percebeu-se que os tratamento odontológicos são caros. Formar equipar e abastecer em materiais para próteses os dentistas do estado a trabalharem gratuitamente para uma população de 11 milhões envolve gastos astronómicos. Planificaram-se os custos e passou a haver um enorme investimento na prevenção das doenças da boca. Não só higiene oral é incentivada em Cuba, foi-se um pouco mais longe. Nas escolas, todas as crianças em crescimento são obrigadas a ingerir determinadas doses de cálcio diário, de modo a que se garanta uma estrutura da boca sã. Mais vale investir agora em dentes saudáveis do que gastar mais tarde em reconstituições. O alimento que é a melhor fonte de cálcio é o leite de vaca, por isso todas as crianças em crescimento têm de beber por dias meio litro de leite.
Cuba que tem uma agricultura planificada com uma ocupação do solo próxima dos 100%. A criação de gado que é uma industria agrícola que implica ou grandes extensões de terra ou uma infra-estrutura industrial muito pesada. Cuba, não tem nem a terra nem a capacidade industrial, por isso tem pouco gado. Porque o leite é necessário e porque o gado é escasso, todo os efectivos bovinos são propriedade do estado. A produção de leite cubana é na sua quase totalidade absorvida pelas escolas de Cuba. A carne de vaca é praticamente inexistente nos circuitos oficiais do comercio cubano.
O povo cubano no seu humor latino e corrosivo, inspirado por uma telenovela brasileira que passou em Cuba aqui há uns anos, chama ao Fidel ?el rey del ganado?.
Alguns turistas portugueses que voam até cuba, ficam espantados de não serem servidos bitoques de vaca em alternativa ao ?pollo? ou a ?cerdo?. Acontece por vezes no hotel não haver leite ao pequeno almoço. Os mais atentos procuram perceber porquê. Os menos atentos, os mais ignorantes, os mais parvos ou mal intencionados dizem que ?é a miséria?....
Em Portugal já não há leite nas escolas. A saúde oral é cara e muitas vezes não é comparticipada. Os portugueses tem uma frota automóvel de topos de gama mas muitos têm os dentes podres. Há pessoas que preferem investir no B M W do que no dentista. Para mim são a estas escolhas que chamo ?a miséria?.

11/10/2005

Olhááááá cinque, é a a cinque!!!!




Não tenho pachorra para ciganadas destas!
Na feira do relógio ao menos são honestos. IRRA!

11/07/2005

Quando a realidade é mais dramática que a ficção


o Livro a banda

e (algumas) das explicações possíveis (datadas de 4 out 2005)