10/23/2007

Consumidores ou cidadãos?


Consumidores ou cidadãos?
Se à partida, os dois termos não se mostram antagónicos, Benjamin Barber, um impoluto sociólogo gringo, mostra todo o antagonismo latente entre estes dois conceitos.
Muito interessante o trabalho deste senhor, que nos dá uma visão pertinente, simultaneamente económica e politica das sociedades modernas. Desde a “ética protestante” do Max Weber, que privilegia o trabalho, até à responsabilização económica do sistema que cria necessidades para poder satisfazer-las obtendo lucro, o autor desmonta e explica com exemplos concretos a organização social do capitalismo moderno.
Segundo Benjamim Barber, os cidadãos são transformados em crianças-grandes através dos esforços do marketing que apelam ao consumo emotivo sem base em reais necessidades materiais.
Os consumidores, endividam-se na expectativa de satisfazer desejos fabricados..
Falamos dos TDIs, dos SPAs, das PS2s ou das unhas de gel...
O desejo de obter estes objectos claramente desnecessários, alimenta um sistema económico baseado no consumo per si.
Este conceito de “desnecessidade” sistematizado por Barber, é o que a minha avó chama muito sabiamente “ideias ao dinheiro”
Sabemos que o capitalismo tem vindo a modificar-se radicalmente. Muitas destas mudanças implicam grandes alterações nas sociedades. Se historicamente podemos associar o capitalismo a fenómenos sociais que contribuíram para fundar modelos democráticos, Barber mostra-nos como o capitalismo de hoje infantiliza os cidadãos e abre espaço a formas ditatoriais de regime baseados no controlo social através do controlo económico do consumo.
Só tive acesso (em PDF) à edição digital francesa do “Comment le capitalisme nous infantilise”, mas vou esperar ansiosamente por uma edição em português, para comprar em papel...

7 Bocas:

At 7:30 da manhã Anonymous Anónimo said...

Não há nada pior do que um comuna armado em intelectual.Isto tudo para dizer que sabe falar francês.
Grande estúpido que é este Sostrova. Arma-se em culto e evoluído nos blogues mas na realidade é igual aos outros oportunistas que estão a destruir o Barreiro.

 
At 9:03 da manhã Blogger Helder Miguel Menor said...

Anónimozinho, tenho a certeza que se te esforçares consegues comentários melhores que estes...

 
At 6:08 da tarde Anonymous Anónimo said...

O capitalismo infatiliza e o comunismo bestializa. É o que vocês são umas bestas sujas. Nesta terra há lixo por todo o lado, as ruas são pistas de crateras, a cultura não existe e o vosso trabalho resume-se a concretizarem obras de fachada planeadas por um executivo anterior.
Contra estes factos, apresentam a demagogia e os intelectuais estrangeiros. Vamos ver onde vão estar daqui a dois anos quando a população decidir outra vez.

 
At 11:19 da tarde Blogger António Cabós Gonçalves said...

Olá

No último post do meu blog http://mercadomarquezdepombal.blogspot.com, citei a divisa do seu blog, naturalmente referenciando a autoria!.

Como não tenho o seu endereço de mail tomei a liberdade de usar sem lhe pedir previamente.

Como do que se trata é de valorizar o Barreiro, espero que não leve a mal!

Saudações cidadãs

António Cabós Gonçalves

 
At 10:45 da manhã Blogger Helder Miguel Menor said...

Não levo a mal a utilização do lema do blog, nem podia levar, pois a frase não é minha.
Esta frase surgiu numa noite de verão. Durante uma daquelas churrascadas no quintal do Altoseixalinho que duram até às tantas.
O meu amigo JP, um dos melhores ilustradores do país, nascido Barreiro (dos que não é convidado para a ilustrate) tinha acabado de jantar. No quintal, à volta da mesa, por mero acaso só estávamos homens.Contente de amizade e satisfeito depois de uns copos de tinto, soltou um sonoro arroto. Na fracção de segundo de silencio que se seguiu, referiu um alfinete de peito.
A mulher do JP tinha ido à cozinha, e nesse momento vinha a chegar...
Foi a mulher do JP, a minha amiga S, senhora simpática de ilustre educação alfacinha, que se saiu com a frase...
Desiludida com os hábitos pouco civilizados do marido disse:
-- Pode tira-se um gajo do Barreiro, mas não se pode tirar o Barreiro de um gajo...
A frase caiu-nos no goto.

 
At 2:10 da tarde Blogger Unknown said...

Pro anónimo said...
Ou sera antes... anónimo sad?...
Oh anónimo... já pensaste k tu próprio es "culpado"... sim! tb tu!!! ...pelo estado desta terra detestada por uns mas tao amada por tantos?
Tantos adjectivos levianos, tantas ofensas por ignorancia...!
Triste fico eu, quando ao olhar pro lado, deparo-me vezes sem conta com estes intrusos disfarçados de bons samaritanos dedicados ao amor plas suas raizes!...
Mas k tretas sao estes gajos... e nestes de certeza k nao e o Barreiro k la esta!...
Pois se nem coragem têm de postar o nome!!!!

Ana Moço
(Camorra... com grande orgulho)

 
At 2:22 da tarde Blogger Unknown said...

Uppps.......!

Camarra... keria eu dizer!
Ana

 

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