É a única justificação que se encontra na proposta de projecto de resolução apresentado pelo PSD: A criação de.... tcharam.... nada mais nada menos do que... o "dia nacional do cão".
Diz o PSD que o cão "é hoje uma presença marcante na vida de milhões de portugueses", estimando-se que "está presente em mais de um milhão de lares nacionais".
E o acáro, senhores, quantos lares têm acaros e quantos acáros tem um lar português???
Para quando a criação então do dia nacional do ácaro?
Esse ser, qual imposto, tão omnipresente, passe o pleonasmo, na nossa vida, esse ser miudinho, que até foi estrela de reality-show. Esse ser tão tratado pelo peso dos portugueses, com suas obesidades, preocupações e até, com eventuais agitações nocturnas- ou não. O ácaro é o fiel depositário das conversas de almofada e leituras de cabeceira, esmagado ao passar dos dias, nas noites mais frias, e nas mais quentes também!
E há quem não tenha à noite outra companhia que a do ácaro.
O discreto ácaro, que se aninha num canto dum colchão, sem maios nada pedir em troca que um pouco de pele velha e alguns pedações de cotão.
Além disso, o ácaro, tal como outras espécies de maior volume e cagança, é marcante na vida portuguesa, pelas alergias que nos provoca. Senhores do PSD queiram pois deixar-se de falsas modéstias e criem então o dia do ácaro!
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