Serve o anterior post para comunicar a todos a fantástica constipação que tranformou as minhas ventas num verdadeiro niagara...
...mas também para vos falar de um outro assunto bem mais importante, que resulta de ser bastante tramado passar com a minha conspipação pela massa de ar glaciar que atravessa o país.
Bem sei que pior seria se a casita não fosse tão fixe e que outros sofrem bem mais que eu, mas não é aí que quero chegar. Intressa-me sim a descoberta feita pelos ingleses de que temos, todos, menos dez anos para parar a evolução das temperaturas do planeta... Não sei quando termina o prazo, apenas sei que está mais curto, e que apesar de ninguém saber muito bem como a coisa funciona, o planeta parece estar com o termoestato avariado.
Ultimamente andei a ler umas coisas curtas sobre o assunto, mas que permitem perceber mais um bocadinho do assunto. A subida e diminuição da temperatura no planeta é uma coisa normal (1) e salutar (2), que não apresenta nada de novo. (1) A terra já teve cerca de uma vintena de épocas glaciares. (2) Salutar porque devemos em grande parte a estas variações extremas a diversidade geológica, climática e a biodiversidade de que desfrutamos hoje. O problema é que se o planeta teve várias glaciações, o homem como tal apenas surgiu no final do ultimo degelo, logo após boa parte dos dinaussaros desaparecerem... Aí surge o primeiro problema, uma glaciação generalizada seria uma novidade, e pouco agradável, pela amostra.
Mas se o planeta está a aquecer podemos estar descansados em relação a uma era glaciar... dizem. Sim e não. Ninguém sabe. Sim, é possivel, se isto continuar a aquecer, teremos desflorestação nas áreas equatoriais e aumento da desertificação. As calotes glaciares derretem mais depressa do que se regeneram, a evaporação nos mares nos polos diminui e aumenta no equador, fazendo variar drásticamente as correntes, alterando o clima, reduzindo os recursos de água potavel. No entanto, esse aquecimento, ao provocar maior evaporação pode aumentar a espessura das camadas de nuvens, que na alta atmosferia poderiam congelar, impedindo o sol de nos aquecer. Os Oceanos mais salobros e menos densos alterariam mais ainda as suas correntes, deixando de distribuir o calor do equador até ao norte. Com a alteração de correntes, os ventos seriam também alterados e faria o resto. E isto resultaria muito provavelmente em mais uma glaciação.
Este cenário catastrófico é tão provável como a paz actual, mas o que se sabe é que mesmo sem a actuação do homem, o período interglaciar mais longo teve cerca de 8 mil anos, e o actual já comta com mais de dez mil anos.
A única coisa que se sabe é que qualquer alteração do clima implica com todos os restantes factores e que o clima está a mudar.
Quando pensamos que a escala normal é de milhares de anos, mas que apenas nos últimos cem a coisa já leva um avanço superior a um grau centigrado, começa-se a notar uma tendência. Ou não, porque nunca assistimos uma era interglaciar como a nossa e se calhar é normal que isto aconteça.